quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

2009

_ANO_NOVO_
_VIDA_NOVA_
_EU_ DE_NOVO_

sábado, 27 de dezembro de 2008

Psicologia de um Vencido


de Augusto dos Anjos

Eu, filho do carbono e do amoníaco,
Monstro de escuridão e rutilância,
Sofro, desde a epigênesis da infância,
A influência má dos signos do zodíaco.

Profundissimamente hipocondríaco,
Este ambiente me causa repugnância…
Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia
Que se escapa da boca de um cardíaco.

Já o verme - este operário das ruínas -
Que o sangue podre das carnificinas
Come, e à vida em geral declara guerra,

Anda a espreitar meus olhos para roê-los,
E há de deixar-me apenas os cabelos,
Na frialdade inorgânica da terra!

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sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

A fome que come o "home"


O "home" que de tudo come
É onívoro e morre carnal
O "home" que come o que não tem atividade cerebral
É vegetariano e morre vegetal
O "home" que se alimenta de lixo
É lamentavelmente chamado de bicho
O "home" que nada come, logo, morre de fome

domingo, 7 de dezembro de 2008

Amadure ser

Hoje confirmei uma coisa. Confirmei que, algumas pessoas vivem muito e aprendem pouco e que outras vivem pouco, porém, aprendem muito.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

O Sofredor


O sofredor
Carrega o mundo nas costas
E não consegue sofrer só a sua dor

Suas pálpebras estão pesadas, cansadas
Mas seus olhos não consegue fechar
E mesmo com seu calcanhar rachado
Ele continua a rumar

Atira seus sonhos na parede
Que se quebram se desmancham
Um nobre ato
De um pobre rato

O único que tem o direito
De se sacrificar pelos outros ele quer ser
Suas cicatrizes começam a romper
Egoísta? Nunca vai saber

A força feita por seus braços
Reflete na sua digna, calejada e canhota mão
Sua inteira e destra mão
Mantém longe do peito, pra não ferir seu coração

Pálpebras pesadas
Calcanhar rachado
Sonhos partidos de um pobre rato
Cicatrizes abertas
Por um nobre ato
Mão calejada
E o sofredor carrega o mundo nas costas

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Barba


Olhei-me ontem no espelho, não ontem antes de hoje, e sim, ontem de meu pretérito imperfeito, vi no rosto uns fiozinhos chamei de “barba”. Falei com um sorrisinho bobo “poxa estou ficando velho”. Mas depois filosofando bem cheguei à conclusão, que era o mesmo velho menino que se perdia em seus sonhos, perseguindo sonhos. O mesmo que bancou o otário, acreditando que tudo iria ficar melhor se o mundo girasse ao contrário.
Hoje sou um homem de barba e não de “fiozinhos”, sou sério, trabalho muito e rio pouco. Quando sobra um tempo no meu dia a dia super lotado de tarefas, tomo um cafezinho forte, trago-o de casa, pois o daqui é muito fraco. Tem gente que espalha por aí, que o fato de eu trazer café de casa, significa mão de vaquismo. Porém acredito que mão de vaquismo tem o nosso chefe, pois o mesmo exige que compremos nosso café.
Em todos os outros escritórios os chefes compram café, só aqui que não. Por esse motivo alcunhei os que me chamam de mão de vaca de puxa sacos.
Meu maior problema atualmente com a barba é quando tomo uma xícara de leite e encima do bigode forma-se um segundo bigode branco e melado. Não falo mais sobre isso perto dos amigos do futebol, já que pode haver uma ambigüidade muito sacana em “bigode branco e melado”. Pior é quando almoço em algum lugar e acabo me atrasando, fico sem tempo de passar no banheiro e sempre saio com um arroz na barba. No caso de atraso sempre dou um jeito no hálito, com uma balinha de hortelã ou menta, mas o arroz sempre fica ali pinduradão, pra todos caçoarem de mim. Acreditem ninguém nunca avisa, apenas zombam.
Voltando ao meu pretérito mais que imperfeito, mais uma vez, me lembro antes de ganhar os fiozinhos, quando limpava na toalha de mesa o bigode de leite que se formava no café da manhã. Nessa época ainda morava no campo e tinha um único primo que não ficava com bigode, ele literalmente mamava na teta da vaca, erghhhh.
Já tive vários estilos de bigodes e barbas Jesus Cristo, Fu Manchu, Fred Mercury, Raul Seixas e muitos outros. Dentre todos, e todas as zueiras que os mesmos trouxeram, só tive problemas reais com o estilinho Hitler, tomei um sova nervosa e ai me lembrei com quem estava parecido, é, esse nanico alemão traz problemas até hoje.
Depois de um tempo resolvi adotar algo mais social pra conseguir um emprego, este mesmo que estou até hoje. No dia da entrevista entrei na sala e me deparei com o que hoje, chamo de chefe, parecia um bode velho e eu havia raspado minha barba que já tinha até trancinhas.
Bons tempos eram aqueles, em que eu só desejava barba e corria atrás de meus sonhos, agora todos estão destruídos, não tenho a mulher que amo e ela vivi reclamando da minha barba, meus filhos me odeiam, odeio meu emprego e tenho mais pelo no queixo do que na cabeça . E só agora com a experiência que todos os meus fiozinhos me proporcionam, percebo que meu maior ídolo, que fazia o mundo girar ao contrário, não tinha se quer, um fiozinho de barba.

domingo, 30 de novembro de 2008

Seu abraço ou Analgésico e Morfina


Sabe, quando estou com você, toda minha dor se esvai. Toda dor que insisto em sentir pelos erros que não cometi, se dissipa. Quando estou com você, eu não quero sentir aflição, não quero ser culpado por esses erros. Você é analgésico, você é morfina, você é minha menina, ma danseuse. Que sufoca a dor, minha suposta sina.

sábado, 29 de novembro de 2008

Até aqui ninguém ficou sozinho, mas daqui pra frente cada um segue seu caminho.




Só o que é bom dura tempo bastante pra se tornar inesquecível.
É... As aulas acabaram. E eu fiquei um bom tempo bolando o que escreveria sobre a nostalgia da vida escolar. A primeira coisa que pensei foi em escrever um pouco sobre cada amigo ou colega, mas quando comecei lembrar de cada um, me vieram à cabeça lembranças incríveis e cada uma delas me levava a mais lembranças incríveis. O texto ficaria complexamente gigante. Decidi então criar algo mais geral que pudesse ser uma homenagem a todos.



Pensar em tudo que se passou sorrisos, lágrimas, brincadeiras, loucuras, cuecão, cueca no ventilador, montinhos na grama, truco, papel molhado no teto, carnaval escolar, zoeirias com nomes de mães, beijos, abraços, amaços, tapas, amores, ódio, invejas, admirações, todo mundo se fudendo junto para um não se fuder sozinho, olhar a unha de camelo da professora de matemática, um “cadê eu?” inusitado, festinhas de despedida, festinhas de fim de ano, alergia a presunto, machismo, feminismo, infantilidade masculina, amadurecência feminina, garotas que se odeiam(têm inveja uma da outra, só não assumem isso), uma garota que diz que sua “alegria é perturbada”, CDF’s, burros, apelidos, o bobão da sala, bandas de rock, grupos de pagode, futebol, vôlei, basquete, solitários, acompanhados, solteiros(as), namorados, silenciosos(pra falar verdade só o Artur), barulhentos, moedas em cofres, garota(o) mais bonita(o) da sala, garoto mais feio(eu), garotas estressadas, assinaturas em camiseta, camisetas de formandos que não saem, burlar notas de geografia, professores amigos e professores inimigos, pular o muro de escola e ir pra lan house ou ver campeonato de vôlei no sesi, triturar e cheirar pastilhas de menta como se fosse cocaína, sentar na calçada com amigos e um refri barato, gritar para motoristas “a porta está aberta” mesmo não estando, advertências, diretoria, merenda, teatros, semanas culturais, explosões de hormônios e tudo mais que a juventude escolar pode nos trazer e, se eu fosse continuar escrevendo não iria parar nunca.
Onze anos na escola vendo quase os mesmos rostos, vivendo as mesmas emoções todos os dias, só que, cada dia sentindo de uma forma diferente. Realmente parece que vai durar para sempre mas aí vem a vida, essa grande piada um tanto quanto perigosa, da um soco em nossos rostos e grita em nossos ouvidos “Acorda seu bosta o mundo ficou sério” .(Pra alguns sempre foi)
O primeiro dia ou os primeiros dias após o término das aulas, o céu vai parecer escuro, isso metafórica ou literalmente falando. Porém as estrelas sempre estarão lá, mesmo que não apareçam. As estrelas são todas as nossas lembranças e essas não podem se apagar e muito menos, ser motivo de nossa desistência, pelo contrário elas devem ser os motivos que nos fazem continuar.
“Cada pessoa que passa em nossa vida, passa sozinha, é porque cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra. Cada pessoa que passa em nossa vida passa sozinha, e não nos deixa só, porque deixa um pouco de si e leva um pouquinho de nós. Essa é a mais bela responsabilidade da vida e a prova de que as pessoas não se encontram por acaso.”
Li este texto de Chaplin e achei apropriado para o momento. E é exatamente assim , não era pra sobrar Rafael se vocês não tivessem deixado um pedaço de vocês em mim.
Queria eu explicar o que é saudade, mas não dá, esse sentimento é tão complexo que só foi concretizado como palavra em nossa língua( o Português usado no Brasil). Acho que se eu disser “vou sentir saudade”, todos entenderão, já que uma palavra vale que mil ações, ainda mais uma tão singular.
Em Dom Casmurro de Machado de Assis um personagem diz:
-A vida é uma ópera, uma grande ópera.
Entretanto, já que somos brasileiros digamos que a (minha)vida é uma novela global e cada um de vocês tiveram grande participação em produzi-la. Alguns fizeram parte do elenco principal e outros foram coadjuvantes nem por isso menos importantes.
Ai pessoal só queria lembrar que o tempo de dar colo acabou e agora chegou o tempo de decolar. Que águas passadas não movem moinhos, mas o homem que não olha para trás está sujeito a cometer os mesmos erros do passado.
Somos sementes do que ainda virá e desejo que todos floresçam e se tornem árvores cheias de frutos. Desejo que todos tenham um ótimo futuro encontrem um par “perfeito”. Que Deus ilumine o caminho de todos. E eu não sei na onde eu to indo, mas sei que eu to no meu caminho. O mundo Ficou sério.
Dedicado aos alunos:
Mario(muitos anos na mesma sala), Gregory(cara confuso d+), Vinícius(Cheddar), Glauco(véio, sem palavras), Diovani(cidão e os 2 anos de senai), Nayara(urrul), Nathalia(que olhos), Camila(Cadê eu?), Vanessa(ninfomaníaca) Diego(mano country), Henrique(louco de pedra), Larissa “Russo”, Aline Furtuoso(em baixo da cama não), Aline Noely( I love do the dance), Franciele( do vôlei), Anne(queria ter conhecido melhor), Débora(chorona), Mirian(saudades), Thiago Telles(Young não é o mesmo que ONG), Bruno Vinicius(quase da família), Bruno Escabia(play boy), Paulo(não se lava um carro com água sanitária), Artur(silêncio), Valéria(sexy girl), Giovana(loucona), Marcelle(louquinha), Jéssika(primeira fã da “The Djim” que nunca existiu), João bobão(várias porquices), Luiz Fernando, Anderson(bomba) Erica(não para de malhar), Alex(lixo, luxuoso), Rafael (Purunga), Rafael (furo), Rafel(tramboiole).
Aos professores e funcionários:
Júlio César, Almir, Kinha, Silvia, Liane, Tia Meire, Tia Susi, Manuel, Silvana.
È horrível citar nomes porque é inevitável não esquecer alguém, entretanto, se essas foram as pessoas que vieram a minha cabeça deve ser por algum motivo.





Vocês estarão pra sempre no meu cortex cerebral.




Obs:nunca me esqucerei da garota que disse que minha alegria era perturbada.

domingo, 23 de novembro de 2008

1R$ Relacionamento Ou DR

E agora que a nuvem choveu
O Sol vai sair
E só nos resta cair

Abrace-me forte
Enquanto a gente despenca
E eu já posso sentir
Como minha alma se arrebenta

Sua vida se esvai
Na sua mente
Tudo que viveu
Em um minuto somente

Por que fechar seus olhos
Se vamos colidir com a realidade
Vou manter os meus abertos
Porque acordar é tão doce raridade

Viver nas nuvens foi tão insigne
E cair sem asas é tão desesperador
E é estranho saber que você não espera a dor

Sem horas e sem dores mesmo nas nuvens
Parecem cem horas e cem dores
Pra você e eu o sol nasceu
Mas antes a gente choveu

Horas são do Verbo nosso

Verbo nosso que estais no Céu
Santificado seja a vossa conjunção
Venha a nós a nossa caneta
Seja feita vossa conjugação
Assim no pretérito como no futuro
A poesia nossa de cada dia nos daí hoje
Perdoai as nossas erradas sentenças
Assim como nós perdoamos
A quem as tenham proferido
E não nos deixai errar a oração
Mas livrai-nos de tudo que não é verbal.

Amém

domingo, 16 de novembro de 2008

COTIDIANO(composição: Dom Quixote e Ch3d)

Já cansei
De me ajoelhar e orar
Me cansei de
Acordar e trabalhar

Me cansei de orações
Sem respostas
Me cansei de um chefe
Cheio de propostas

Paz, o capital não atrai
Tudo que eu tenho não me satisfaz
Eu sempre quero mais
E o que eu tenho não me satisfaz

Toda violência lá fora
E eu só quero sobreviver
Seguindo meu cotidiano
Pra ter algo pra comer

Vejo as crianças no sinal
E esqueço meu ideal
O que estudamos por anos
O trabalho destrói
E a ilusão do dinheiro fácil, a gente constrói
Constrói e destrói, destrói e constrói

05/09/07

domingo, 9 de novembro de 2008

A Cafeína de Cada Dia

Impressionante como destilar o sangue em café forte é uma coisa inspiradora. Porra velho tomei bastante café e estou me sentindo quase um Machado de Assis ou um Camões. Posso sentir meus aproximados duzentos milhões neurônios doidões tombando uns nos outros.
E esse gosto amargo na boca que faz a língua salivar é muito bom, minhas pálpebras estão leves, meus movimentos rápidos e eu não parei para pensar no que estou escrevendo por um segundo, só estou escrevendo.
Desde que sai de casa pensei em mil coisas para escrever, mas, não pensei que iria escrever sobre café, tanto assunto e eu aqui esperando para fazer o exame psicotécnico, ligadão escrevendo sobre o efeito da cafeína no meu sistema nervoso.
Agora me pergunto será que todo fica assim, ou, será que sou eu um inconsequente mesmo. Incrível meus neurônios ainda estão trombando que nem louco.
Deve ser por isso que aquele programa chama “Café Filosófico” e porque também sempre tem uma xícara de café para os convidados do Jô. No primeiro caso, os caras ficam loucões e começam a falar sobre questões filosóficas, antropológicas e metafísicas, e, no segundo caso os convidados ficam mais à vontade para responder as perguntas geralmente sarristas do gordão gente fina. Ai que merda! Acho que estou viciado em cafezinho, igual o Samuca do Proxeneta novelinha dos caras do Hermes e Renato que passou na MTV. Moçada vou ficar por aqui Preciso de mais café. (tem café na sala de espera da clínica do psicotécnico)

domingo, 2 de novembro de 2008

Fome Insaciável

Hoje passei boa parte do tempo pensando em algo pra postar. Pra não ficar uma coisa muito repetitiva não queria postar em meu Blog, nada que fosse uma critica à sociedade ou fazer mais um post antropológico. Imfelizmente não pensei em nada que não englobasse esses dois temas, talvez por essa semana eu escreva algo subjetivo ou engraçado, mas hoje vou continuar na mesma linha que já estava. Então ai vai uma pequena historinha, retirada do filme Apokalypto de Mel Gybson.



E o Homem sentou sozinho.
Numa tristeza profunda .
E todos os animais se aproximaram e disseram :
" Não gostamos de ver você tão triste, peça-nos o que quiser e terá."
O Homem disse : " Quero ter boa visão."
O abutre respondeu :
" Terá a minha."
O Homem disse :
" Quero ser forte."
A onça respondeu :
" Vai ser forte como eu."
Então o Homem disse :
" Quero saber os segredos da terra."
A serpente respondeu :
"Vou revela-los a você."
E assim foi com todos os animais .
E quando o homem tinha tudo que eles podiam dar ele partiu.
E então a coruja disse aos outros animais :
" Agora o Homem sabe muito e pode fazer muitas coisas."
"Derrepente eu tenho medo."
A cobra disse :" O Homem tem tudo de que precisa, e agora sua tristeza vai acabar."
Mas a coruja respondeu : " Não."
" Eu vi um vazio no Homem, grande como uma fome que ele nunca vai saciar, é isso que o deixa triste e isso o faz querer mais."
" Ele vai pegando e pegando até um dia em que o Mundo dirá :
"Não mais existo e nada mais tenho para dar."

sábado, 1 de novembro de 2008

A Gente Também é Gente!!!

A gente não é palhaço
Nem lã de aço
Pra tomar tanto esculacho
Pra tomar tanto arregaço

A gente luta a gente sua
A gente planta a gente colhe
E só depois do Sol se por
A gente se recolhe

A gente guia busão
E guia caminhão
A gente pega o lixo
Que é pra não junta bicho

A gente é diarista
E também trampa o mês inteiro
A gente quer chegar em casa
E tomar um merecido banho de chuveiro

A gente quer que
Nossos filhos estudem
Pra que um dia
Nossas vidas mudem

A gente não que muito cascalho
A gente só que um bom salário
Que supra nossas necessidades o tanto necessário
A gente quer um salário
Que funcione como diz a lei*
E pelos meus direitos aqui reclamei

*Um salário como diz a lei:
"Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
IV- salário mínimo,(hoje R$430,00) fixado em lei,nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;”

E aí, alguém acha que um salário mínimo atende as necessidades vitais básicas?

Um País de Todos?

Nós brasileiros temos que parar de pensar no país que queremos ser e começar a pensar no país que devemos ser. Temos que acabar com essa comodidade, porque vejo muita gente reclamando sentada no sofá assistindo ao JN, mas muita pouca gente lutando pelos seus direitos.

Parece que as pessoas se esqueceram que o presidente e toda a farofada temperada do mesmo saco, estão lá pra nos servir e não ao contrário, eles são apenas nossos representantes.

Devemos nos mobilizar para acabar com a corrupção, com esse sentimento de impunidade que os políticos têm e também com essa porra de medidas de médio e longo prazo, pois elas só existem se o assunto for educação e saúde, porém se o assunto for petróleo ou algo assim as coisas funcionam muito rápido.


O Brasil precisa mudar urgentemente, se necessário vamos derrubar o sistema e ergue-lo de novo. E quando você estiver vendo TV e ver àquele comercial que diz “Brasil um país de todos”, pergunte-se o quanto ele é seu. E lembre-se é o país que devemos ser e não “o país que queremos ser”.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Dançando conforme a música


Há duas semanas acabado o cursinho pré-vestibular, oferecido diariamente em minha escola, eu e meus amigos seguimos até a saída, a porta estava trancada. Então seguimos rumo ao estacionamento, porque lá também tem uma saída e neste ano como todo outro ano aconteceu “A Semana Cultural”. Sacou as aspas né?
Chegando à quadra que fica no caminho do estacionamento um som rolava e lá estavam garotas rebolando o que no futuro serão bundas. Garotas de 12(período pré-ninfíco) a 15 anos (ninfa 1º estágio) remexendo seus pequenos corpos com projeto de bundas e peitos, no ritmo de uma música de batida forte, com um refrão bem conhecido e antiquado, “tipo assim”, “só as cachorras\as preparadas\as popuzudas”.
Será que estou errado em acreditar que, há algo incorrecto em garotas de 12 a 15 anos dançarem conforme a música, ou, seria correto deixar essas pequenas jovens requebrarem ao som de um grupo de funk que tratam mulheres por alcunhas como cachorras. Convenhamos, imaginem só uma mãe dizendo-“oi minha cachorra sai mais cedo do serviço e vim buscá-la”. É eu sei.
E que garota nessa faixa etária é preparada? Pra mim num estilo de música, onde predominam as letras de sexo sacanamente explicito, preparada não quer dizer boa coisa. E sobre as popozudas ressalto, aquelas garotas podem até podem até ser algo assim no futuro, afinal são brasileiras, mas por enquanto essa música com certeza não fala da bunda delas e se continuarem seguindo a ideologia do funk serão como a mulher melancia porém suas barrigas vão parecer melancias e não suas bundas.
O que eu sugiro para “Semana Cultural”? Algo com fundamento, que abrisse a mente dos jovens ao que é cultura brasileira ao invés de socarem a criançada na quadra ouvindo funk ou no salão nobre vendo garotas semi nuas dançando axé. Não é nada difícil conseguir oficinas de arte, palestras ou apresentações artísticas, esse povo se duvidar nem cobra, já que são apaixonados pela arte. Também poderia haver mais incentivo encima dos alunos, esse ano por exemplo houve apresentações de danças, bandas e até teatro sem envolvimento de professores . A escola se preocupa mais em fazer o aluno estar sempre pontual, uniformizado e dentro da sala assistindo as aulas de professores que já não sabem mais dar aula, do que em tornarem a escola em algo interessante.
Aposto que assim adolescentes se envolveriam menos com drogas e despertariam seus desejos sexuais na idade certa e garotas fãs do Mc Créu não engravidariam aos 16 anos ou melhor não seriam fãs dele e sim de algum rei do samba ou da MPB.
Eu não tenho nada contra o funk* e nem sou um fanático religioso, mas veja só você onde a juventude brasileira está parando aos fins das reboladas...é isso mesmo, no chão, metafórica ou literalmente falando.

*só acho que ele não deveria existir

sábado, 25 de outubro de 2008

Polegar opositor = Inteligência?



Ouvi dizer que feliz é o rico e que infeliz é o pobre, bobeira. Acredito que só é impossível a partir do momento que você acredita não ser mais possível. Já cheguei a acreditar no incrível e fingi não acreditar no que estava na minha frente, no que era crível. Ontem eu era um cara irresponsável, hoje eu sou qualquer coisa, menos responsável. Quando era pequeno pensava que podia tudo, que tudo era infinito, mas descobri que só o pensar não é finito.
Até hoje o perfume daquela garota, que disse que minha alegria é perturbada, é inconfundível e os odores das outras garotas que nunca me observaram afundo, são bem confundíveis ainda mais depois do comercial do O Boticário, aquele com o poema da rotina. Eu sou um mero mortal e o Deus em quem acredito é imortal, talvez devesse ter começado o texto com esse período, porém acho que Ele não liga pra isso, pelo menos Ele não disse nada, aliás, Ele nunca diz nada. Antes eu era imutável achava que se não fosse, seria uma cara sem opinião formada, agora sou mutável e sei que você só é um “sem opinião” se for constantemente “mutável inconstante”. Às vezes acho que quando agimos inconscientemente, não estamos sendo conscientes de que estamos sendo nós mesmos, isso conscientemente falando.
Quando uma pessoa se torna independente as coisas vão ficando bem mais difíceis, entretanto os jovens só percebem isso quando é tarde demais para voltarem a ser dependentes de seus pais ou responsáveis. Alguns destes mesmos jovens não percebem o quanto são imaturos e saem por ai bebendo, dirigindo em alta velocidade e correndo vários outro perigos, muitas vezes botando em risco a própria vida, e pior a vida de que realmente é maturo. Até hoje acho algumas coisas incompreensíveis, como o porquê de os direitos humanos serem tão compreensíveis com alguns lixos que vão pra cadeia. Uma coisa intolerante é ver que um homem que paga seus impostos e não tem retorno nenhum, é completamente tolerante com essa situação.

Agora depois de tantas palavras opostas gostaria de saber uma coisa, se nós Homens criados por um deus imortal, que temos o encéfalo altamente desenvolvido, polegar opositor e fechamos a mão em forma de pinça. Nós seres humanos que somos responsáveis por tanta fome, violência, morte, guerra, poluição e todos os outros substantivos que seguirem essa mesma ordem funesta, somos animais dotados de inteligência os outros animais são dotados de “teligência”?

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Realismo Convincente-Mombojó(Composição: Felipe S.)

Bom pra começa vai uma música de uma banda independete.Quando tiver tempo posto algum texto meu.

Eu quero ser você

Eu preciso sair daqui
Eu preciso parar de mentir
Eu preciso salvar o mundo
Mesmo que eu não ganhe nada com isso, não

Eu preciso sair daqui
Eu preciso parar de mentir
Eu preciso salvar o mundo
Mesmo que eu não ganhe nada com isso, não

Eu vou tentar
Vou tentar
Vou tentar
Mesmo que eu não ganhe nada com isso

Tô te explicando pra te confundir
Tô te confundindo pra te esclarescer
Tô iluminando pra poder cegar
Estou ficando cego pra poder guiar

Tô te explicando pra te confundir
Tô te confundindo pra esclarescer
Que estou iluminando pra poder cegar
E estou ficando cego pra poder guiar